Empresa do Parque Tecnológico e Unesp Botucatu desenvolvem solução em IA para testes de alergia

Uma parceria entre a Unesp, por meio do Programa de Pós-Graduação em Pesquisa e Desenvolvimento (Biotecnologia Médica) da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB|Unesp) e a ITST Consultoria, empresa residente do Parque Tecnológico Botucatu, permitiu a criação de uma nova solução que promete facilitar e agilizar a leitura do teste cutâneo para alergias.

Chamada pelos desenvolvedores de “PRICKI” ou “Prick Test”, a ferramenta utiliza-se de inteligência artificial (IA) para identificar e calcular com mais precisão as reações alérgicas provocadas na pele durante o teste. Ele tradicionalmente é realizado com uma micro picada (punção) na pele, seguida da aplicação de gotas de alérgenos (substâncias que induzem a reação). Caso a pessoa seja alérgica, protuberâncias avermelhadas aparecem na pele e são medidas com uma régua ou paquímetro.

Com o PRICKI, essa avaliação pode ser feita através de uma simples foto feita pelo smartphone. Os algoritmos de IA do aplicativo (machine learning e deep learning) identificam e “pintam”  de magenta as reações provocadas na pele. Logo após, um outro algoritmo calcula o diâmetro destas pápulas. Assim o trabalho do médico é otimizado, com um resultado imediato e com maior precisão.

“O grupo da FMB nos procurou para o desenvolvimento deste projeto em maio do ano passado. Agora, esta ferramenta está sob validação dos médicos e que deve ser finalizada ainda este ano. Após essa validação, o PRICKI poderá ser comercializado a médicos, clínicas e hospitais”, diz Fabrício Cordeiro, um dos diretores da ITST.

“Uma das iniciativas da nossa empresa, ao se aproximar do Parque Tecnológico Botucatu, era justamente impulsionar projetos de inovação tecnológicas como este e levar ganhos à população. Esse é um projeto inovador o qual acreditamos ser possível ser replicado a outros processos na área da saúde”, complementa Jairo Pedrosa, CEO da empresa de tecnologia.

A parceria para o desenvolvimento do Prick Test contou com intermediação da Agência Unesp de Inovação (AUIN) e do Núcleo de Empreendedorismo, Tecnologia e Inovação (NETI) da FMB.