Afinal, por que aprender a aprender?

Atualmente, a ocorrência de mudanças é cada vez mais frequente e num ritmo cada vez mais rápido. Um conhecimento adquirido pode ser considerado defasado em questão de meses, e isso impacta nas pessoas e em seus locais de trabalho, mudando comportamentos e relacionamentos. 

Com as mudanças ocorrendo continuamente, é fundamental estarmos sempre atentos ao que acontece à nossa volta. A observação é muito importante, porém não é a única habilidade que precisa ser desenvolvida. É necessário que o aprendizado seja contínuo.

Para desenvolver o aprendizado contínuo em nossas vidas, precisamos aprender a aprender. O indivíduo que aprende a aprender, é uma pessoa capaz de se autodesenvolver, aperfeiçoando suas habilidades através de relações conscientes em sintonia com a tecnologia e com pessoas, em sábia e harmoniosa conexão com o todo.

Esta habilidade é esperada tanto no empreendedor quanto no intraempreendedor, uma vez que é a ponta do “iceberg”. Aprender a aprender é a ação baseada em muitas outras habilidades como a já mencionada observação, e ainda, em saber ouvir, saber dialogar, ler, compreender, saber silenciar e, principalmente, aprender fazendo.

Olhando de hoje para o futuro é necessário compreender que só está seguro quem é empregável e/ou empreendedor; o diploma é necessário, mas não garante o emprego, nem certifica que a pessoa aprendeu a aprender.

Carreiras são construídas pela experiência agregada em várias áreas; são mais valorizadas as pessoas que acumulam experiências diversificadas, que tenham vivenciado diferentes tipos de situações, com experiências de atuação em vários segmentos, que tenham trabalhado com culturas diferentes e que em cada experiência destas tenham aprendido novas abordagens e novas atividades.

Quando a pessoa consegue desenvolver essa habilidade de aprender a aprender ela usa todo o aprendizado que teve durante a vida como base para a construção do novo conhecimento, solidificando-o cada vez mais e realizando as alterações necessárias para acompanhar as transformações, sejam essas tecnológicas, sociais, econômicas ou culturais.

A pessoa que acompanha as mudanças e está em constante aprendizado é uma pessoa de fácil convivência e necessária para as organizações, pois faz do mundo que a cerca seu laboratório para o crescimento pessoal e para o desenvolvimento daqueles que com ela convivem.

Mariana Wagner de Toledo Piza - Administradora, Doutora em Energia, professora universitária dos cursos de Administração e Engenharia de Produção da ITE Botucatu.